Atual lixão foi transformado em aterro controlado, mas só aterro sanitário resolverá problema definitivamente.

O Lixão do Embocuí surgiu em 1973 e recebe em média 130 toneladas de lixo por dia, de Paranaguá e da Ilha do Mel. Em 2005, quando a atual administração assumiu a prefeitura, os detritos do lixão já estavam à beira da estrada, por onde passavam pessoas, ciclistas, motociclistas e motoristas. Começou, então, um trabalho intenso para transformar o lixão num aterro controlado.

Naquele ano, os caminhões da prefeitura já começaram a compactar o lixo próximo à estrada e colocá-lo em áreas mais distantes do acesso comum.

Em 2008, novas ações foram realizadas. A área do Lixão do Embocuí foi isolada e foram construídas valas para receber o chorume produzido pela decomposição dos dejetos e cobertura do material.

Um muro frontal foi construído e, depois de um ano, inteiramente reparado, recebendo pintura bem como informações educativas. Também foi aberta uma grande vala para impedir que as águas pluviais que escoam no Lixão do Embocuí cheguem à Vila Santa Maria, bairro que faz divisa com o local.

Ao mesmo tempo, a vala serviu como barreira para impedir a entrada de pessoas, crianças, animais, carroças e veículos não autorizados.

Durante a execução da abertura da vala houve problemas com pessoas estranhas à Vila Santa Maria que tumultuaram a execução dos serviços, impedindo as máquinas e funcionários da prefeitura a executarem seus trabalhos. A fiscalização da SEMMA esteve presente, com a presença da Guarda Municipal e da Polícia Militar para garantir a segurança.

“É importante dizer que estes serviços fazem parte do Termo de Ajuste entre a Prefeitura e o IBAMA como medidas compensatórias, que incluem a remoção de 30 casas na zona de transição entre a Vila Santa Maria e o Lixão. Todas as casas foram cadastradas e seus proprietários foram cadastrados no Projeto Minha Casa Minha Vida para que sejam transferidos do local”, destacou Paulo Emanuel do Nascimento, secretário do Meio Ambiente naquele ano.

Alguns barracos que estavam vazios, que funcionavam como pequenos depósitos de material reciclável em péssimo estado de conservação, foram removidos.

A prefeitura realizou várias reuniões quando foram registrados pedidos para que catadores evitassem a permanência de cavalos e cães no interior do lixão. A secretaria municipal do Meio Ambiente fez várias blitz de fiscalização e apreensões de animais.

Os separadores de recicláveis que residem na Vila Santa Maria foram advertidos para que o problema seja evitado. Devido à grande extensão do lixão, os proprietários faziam acessos nos fundos do imóvel, facilitando assim a entrada dos animais.

A Prefeitura de Paranaguá, após muro frontal, executou cercas com mourões e arame farpado, delimitando assim a Vila Santa Maria e o Lixão do Embocuí.

Também foram realizados os serviços de cobertura da área onde são despejados o lixo domiciliar municipal com camada de argila, camada esta que funciona como impermeabilizante da superfície e que facilita a formação de nova camada vegetal.

Em meados de 2010, novamente a Prefeitura executou vários serviços necessários à estrutura do atual lixão, como reparos e pintura no muro frontal, melhorias nas vias de acesso e ações educativas desenvolvidas por equipes da SEMMA. Educadores ambientais percorreram a Vila Santa Maria, ao lado de onde está instalado o lixão.

Uma nova vistoria, realizada em janeiro deste ano, por técnicos e engenheiros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) deu início a uma série de vistorias programadas e contínuas visando adequar o local para a futura implantação do aterro sanitário de Paranaguá.

A vistoria também serviu para verificar o escoamento da água das chuvas e a capacidade de escoamento das valas para drenagem do chorume, líquido que escorre do lixo e contém vários agentes infecciosos que podem causar doenças.

Integraram a vistoria da SEMMA a secretária de Meio Ambiente, Jozaine Baka, o professor Nicolau Obladen, diretor da pasta, Caroline Beleski, engenheira ambiental, e Clarion Lopes da Silva, responsável pela fiscalização e licenças ambientais do município.

Os quase 145 mil habitantes de Paranaguá produzem diariamente em torno de 130 toneladas de lixo. A Prefeitura investiu nos últimos anos em processos de reciclagem e de educação ambiental. Ainda assim, a maior parte do lixo produzido é depositada no Embocuí, realidade que será outra quando o novo aterro sanitário estiver pronto.

Mesmo com a solução definitiva sendo concentrada no aterro sanitário, desde que assumiu a administração, o prefeito José Baka Filho, conseguiu transformar o lixão num aterro controlado.

No dia 13 de junho, a secretária do Meio Ambiente da prefeitura de Paranaguá, Jozaine Baka, confirmou que recebeu o projeto completo do aterro sanitário do município. “A entrega deste documento é uma das grandes vitórias desta administração porque aguardamos há alguns anos este projeto”, destacou Jozaine.

O município, agora, pede a licença ambiental junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o próximo passo é a realização de uma licitação para contratação da empresa que fará o serviço. A licitação será feita pelo governo estadual e a obra será feita com recursos da Petrobrás, no montante de R$ 2 milhões.

Com estas ações, Paranaguá está mais perto de resolver um antigo problema da cidade que é a existência do lixão que, há mais de 40 anos, é usado para despejo do lixo coletado.

A construção do aterro sanitário está sendo viabilizada com recursos da Petrobrás na ordem de R$ 2 milhões e do governo estadual, de R$ 600 mil.

A prefeitura de Paranaguá doou o terreno de 436 mil metros quadrados na região do Rio das Pedras, em Alexandra. O imóvel doado pelo município fica na divisa entre Paranaguá e Morretes.

Durante a reunião de secretariado desta segunda-feira (13), o prefeito de Paranaguá, José Baka Filho, registrou agradecimentos ao Instituto das Águas, ao governador Beto Richa que assume a sequência deste trabalho, ao secretário de Estado do Meio Ambiente e ao presidente do IAP.

Histórico

Junho de 2004- foi assinado convênio para construção do novo aterro. Autorização foi assinada entre a Petrobras e o governo do Estado dos quase R$ 3 milhões que serão investidos na importante obra e na compra do terreno. Valor de R$ 2 milhões da Petrobrás, R$ 600 mil do governo do Estado e R$ 250 mil da Prefeitura de Paranaguá.

Março de 2005- O governo do Estado, a Petrobras e a Prefeitura assinaram um protocolo de intenções para a construção do aterro sanitário.

2006 e 2007- período que foi feito o Estudo de Impacto Ambiental EIA/RIMA pelo governo estadual, com posterior escolha da área.

Outubro de 2008- prefeito assinou decreto que tornou área de utilidade pública, que será destinada para instalação do aterro sanitário.

Setembro de 2009- firmado acordo importante. A empresa ADM do Brasil abriu mão de dar prosseguimento ao processo judicial que contestava o valor da área onde será instalado o aterro.

Outubro de 2010- Valor de R$ 92 mil, do governo estadual, foi liberado para execução do projeto. O trabalho foi executado pela empresa VPC/Brasil Tecnologia Ambiental e Urbanismo.

Junho de 2011- Entrega do projeto completo pelo governo do Estado à Prefeitura de Paranaguá que pede a licença de instalação do aterro ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Hoje- aguardando a licença de instalação para que seja licitada a obra de construção do aterro.

Data: 17/06/2011
Jornalista: Luciane Chiarelli

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGUÁ

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