Investidores da iniciativa privada encontraram uma nova oportunidade de negócio em Paranaguá. Juntos, os grupos paranaenses RF e Paraíso Participações e a Enne Engenharia, de São Paulo, apostam em um novo terminal retro portuário para caminhões, com investimento avaliado em R$ 30 milhões. Com previsão de inauguração no início de 2015, o Greenlog, como é chamado o empreendimento, ficará a 12 km do porto e deve ter uma área total de 210 mil m².

Com 700 vagas, o local deve funcionar 24 horas por dia, com previsão de um fluxo diário de até 3 mil caminhões. Com trabalho integrado ao sistema de agendamento on-line de cargas do porto, o empreendimento se encarregará da gestão e transporte das cargas. “Estamos expandindo a capacidade do porto, que evoluiu muito na gestão das cargas, mas carece de investimento em retro área de apoio, é aí que entra a iniciativa privada”, diz o diretor da Greenlog, André Perez. Segundo ele, os principais clientes serão embarcadores de granéis, como soja, milho e farelos, uma demanda crescente no porto, além de contêineres.

Serviços

A estrutura deve oferecer conforto e segurança também para os caminhoneiros e suas famílias. Os serviços incluem restaurante, lanchonete, banheiros, conveniência, internet, parquinho infantil e apoio da assistência social do município. No início das operações, o terminal deve contar com cerca de 40 funcionários próprios, além dos contratados por empresas de transporte e exportação que devem ter escritórios no local.

Outra preocupação do projeto é a sustentabilidade. Segundo o diretor, a estrutura de armazenamento, serviços e escritório deve se concentrar em 110 mil m², ficando o restante como Área de Preservação Permanente (APP). “Principalmente em uma área próxima à natureza, queremos manter o conceito ecológico já presente nos negócios dos investidores”.

Novas oportunidades

Os grupos RF, Paraíso e Enne são conhecidos por sua atuação no mercado imobiliário, com loteamentos e empreendimentos como condomínios e shoppings, além de serviços florestais e de construção civil. A Greenlog marca a estreia do grupo na área de logística e, segundo André Perez, pode ser o início de um novo segmento dos investidores. “Depois do primeiro passo, vamos identificar onde estão os focos da cadeia da soja para que possamos oferecer apoio, explorando uma oportunidade de crescimento”.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)/Liana Suss – Revista Portos e Navios.

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