Representantes da comunidade pesqueira de Paranaguá e estudantes universitários participaram nesta quinta-feira (11/04/2019) do Seminário de Pesca promovido pelos Portos do Paraná. “Estamos trazendo informações importantes para a população em geral, incluindo as organizações civis, as academias e os órgãos de gestão”, disse o diretor de Meio Ambiente, João Paulo Ribeiro Santana. Segundo ele, esses dados, que foram apresentados hoje em resumo, permitem fazer análises ainda mais aprofundadas e cruzamento de dados para que se possa estar atento a todos os movimentos da atividade, principalmente para verificar os impactos.
Ainda de acordo com o diretor, os seminários da pesca e a participação da comunidade pesqueira são importantes para que a qualidade dos dados que estão sendo coletados nos monitoramentos seja ainda melhor.
“São esses diálogos e trocas que fazem com que os dados sejam cada vez mais representativos da realidade da pesca em nosso litoral. A contribuição dos pescadores, participando do fornecimento dos dados no desembargue e depois contribuindo nos seminários é fundamental”, acrescentou.
Segundo Santana, os dados completos da série histórica de quatro anos de monitoramento são públicas e podem ser solicitadas à Administração dos Portos do Paraná a qualquer tempo. O caminho é o protocolo, eletrônica ou pessoalmente.
DADOS – Como mostram os dados da série, de 2014 a 2018, o ano em que mais se pescou na região foi 2015; foram 440 mil quilos de pescados, um rendimento de quase R$4,5 milhões. Depois de uma queda em 2016, com 370 mil quilos de pescado, a pesca voltou a melhorar – em peso e rendimento. Em 2017, já voltou aos 400 mil quilos de pescados, e rendimento de quase R$ 4 milhões.
“Em geral a gente vê que tem uma flutuação que é intrínseca da atividade como um todo. Tem anos que tem mais pescado que outros. Até o momento, não encontramos uma queda muito brusca aqui na baía”, afirma Juliana Vendrami, bióloga dos Portos do Paraná.
Segundo ela, um desafio para a ampliação dos monitoramento ainda é a resistência dos pescadores em aderir ao programa. “Precisamos que eles nos passem os dados para conseguirmos atualizar a lista de espécies ameaçadas e ter uma noção mais geral do que acontece em nossa região. Aos poucos eles vão aderindo ao programa”.
Publicado em 12/04/2019
Fonte: Governo do Paraná